quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Subindo o arroio Santa Maria – Canastra Alta/RS



Não existe trilha.
Depois de repetirmos algumas vezes a descida do Arroio Santa Maria na linha Canastra Alta, entre Três Coroas e São Francisco de Paula, resolvemos desta vez subir o arroio, pois um senhor nos falou que também havia cachoeiras subindo o arroio.
Apesar de ser “próximo” de Porto Alegre (cerca de 120km até onde estacionamos) é um trajeto lento tanto na parte de asfalto como na parte de chão batido. Saímos cedo de casa, eu (Xande), a Dé (bora) e a Janine e fomos direto até o ponto onde deixamos o carro, que é ao lado da casa de quem nos falou das possíveis cachoeiras.
Começamos a caminhada por volta das 10h30min com um trajeto de 650m pela estrada até o início da trilha (trilha???). Para quem não conhece o local, alguns metros antes do início dessa trilha de SUBIDA tem o início da trilha de DESCIDA que começa já com uma cachoeira.
Do início da trilha de subida até o ponto onde fomos (não tinha como ir adiante sem cordas ou dar uma longa volta) foram cerca de 2.300m sendo 150m uma entrada em outro arroio menor para ver o que tinha.

Mal começamos a trilha e já nos deparamos com uma pequena cachoeira.






Tiramos algumas fotos e seguimos adiante para ver o que tinha ainda pela frente. Com não existe trilha nós fomos por onde achávamos ser o melhor caminho, então foram várias travessias de rio e algumas vezes atravessando cercas. Nessa parte encontramos uma Jararaca muito grande mesmo em baixo de uma grande pedra que passaríamos por cima. Não tem foto por que não quisemos incomodá-la e assim ela apenas ficou nos observando passar. Com cerca de 1.900m de trilha (sem contar a estrada) chegamos na segunda cachoeira, maior e com um bom poço para banho.







Como já estávamos caminhando há um bom tempo resolvemos almoçar na parte de cima desta cachoeira para depois seguirmos um pouco mais.



Do ponto do almoço nós avançamos cerca de 260m e nos deparamos com a terceira cachoeira. Aqui tem paredes altas de ambos os lados e para subirmos pela cachoeira, que não é alta, precisaríamos de uma corda maior do que a que tínhamos levado, então isso ficará para a próxima vez.



Foi um passeio bem legal, apesar das meninas se assustarem um pouco com a Jararaca foi tudo muito tranquilo e com certeza faremos novamente para ir um pouco mais adiante e também subir um pouco mais o outro riacho.






domingo, 21 de janeiro de 2018

Trip Final de Ano 2017

Nosso passeio começou saindo de Porto Alegre/RS em direção a Florianópolis, porém antes de chegarmos em Laguna/SC nós pegamos a estrada que vai para Imaruí, São Bonifácio, Santo Amaro e finalmente Florianópolis. Nesse trecho rodamos por estradas de chão e conhecemos alguns lugares pitorescos, além é claro de cachoeiras com direito a banho.




Em Florianópolis nós passamos o Natal em família e depois seguimos para Botuverá que fica ao sul do Parque Nacional da Serra do Itajaí. Chegando em Botuverá fomos direto ao Parque Municipal das Grutas de Botuverá - http://www.botuvera.sc.gov.br/turismo-lazer/parque-das-grutas/. O parque é muito organizado com amplo estacionamento, um museu, uma lanchonete (com preços razoáveis) e alguns quiosques espalhados. No parque passa um rio com água muito limpa, tem uma pequena trilha que leva a uma cachoeira apenas para contemplação.
Fotos




Mas o motivo que viemos ao parque foi a visita à Gruta. Apesar de não ser permitido fotografar nem filmar no interior da Gruta eu superrecomendo a visita, pois como eu disse é tudo muito bem organizado e o guia muito bom. A visitação dura cerca de uma hora e é muito interessante.




Depois de conhecermos a Gruta nós seguimos para a Cascata Venzon. O lugar é muito bonito, você paga uma taxa de entrada e recebe uma pulseirinha. Pelo que percebemos é um lugar que deve encher muito durantes os finais de semana, mas demos sorte e além de nós havia mais umas dez pessoas apenas. A Cascata é muito bonita em seus três lances de queda. O poço para banho é muito bom e a água muito limpa. No local tem uma lanchonete e banheiros. Recomendo conhecer, principalmente se forem em dia de semana.





Depois de conhecermos e curtirmos um pouco a cachoeira nós seguimos para o Recanto Feliz, também em Botuverá. O local é muito bem cuidado, possui cabanas bem rústicas encravadas em meio à natureza (só não pernoitamos ali porque queríamos ganhar tempo de estrada). No local tem uma cachoeira muito bonita com um poço raso para banho, mas como o dia estava quente foi muito bom para se refrescar.
A lanchonete do Recanto é muito boa e os preços são bem razoáveis. Os banheiros são limpos e organizados e eles não cobram para quem quiser apenas visitar o local e ir até a cachoeira. Para não sairmos sem gastar nada resolvemos saborear uma porção de bolinhos de mandioca (R$ 15,00 por 600g) e uma H2O (R$ 4,00).
Conversando com o rapaz que nos atendeu ele disse que existem mais três cachoeiras nas terras do Recanto e que eles estão abrindo o acesso para visitação, então já ficamos com vontade de voltar.





Após comermos os bolinhos seguimos nossa viagem em direção à Pomerode (uma das cidades pertencentes ao circuíto do Vale Europeu). Chegamos no final da tarde e começamos a procurar algum lugar (bom e barato) para pernoitar. Rodamos a cidade, telefonamos para algumas pousadas e então paramos na praça central para resolver o que faríamos. Pesquisamos o que tinha para fazer nas redondezas e resolvemos seguir adiante, pois achamos que em Corupá seria mais interessante para nós. Já estava tarde e como nós havíamos feito muita coisa durante o dia resolvemos pousar no caminho, e olha que não foi fácil conseguir algo bom e barato. Nós pesquisávamos pela internet e telefonávamos e nada. Até que descobrimos no Booking Hotel Jovila em Jaraguá do Sul (o preço no Booking para quarto duplo com café da manhã era de R$ 150,00 telefonamos para ver se tinha vaga e o valor passou para R$ 130,00… melhor ainda). Pernoitamos em Jaraguá do Sul e cedo tomamos o café (simples mas justo pelo valor) e seguimos para Corupá.


Ao chegarmos em Corupá nos deparamos direto com a placa que indicava a Rota das Cachoeiras, que era uma das atrações que nos levou até a cidade, e fomo direto para lá.
A Rota das Cachoeiras fica em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – http://rotadascachoeirascorupa.blogspot.com.br/. O local é muito bem organizado, porém quando fomos estavam fazendo uma reforma na sede da Reserva e a lanchonete estava fechada, então se for visitar o local não se arrisque e leve um lanche para não passar fome. O ingresso dever ser adquirido com antecedência, pois não vendem no local. Existem dois pontos de venda no caminho, sendo um deles bem próximo ao local. O trajeto é bem sinalizado, pois como a Rota das Cachoeiras é composta por 14 cachoeiras (sendo treze abertas à visitação) eles fizeram 14 placas de sinalização com imagens das 14 cachoeiras e colocaram a cada quilômetro antes da chegada.


Ao todo são 2900 metros de trilha de ida e os mesmos 2900m de volta, mas apesar de curta existe muita variação de altitude, então quem não tiver um pouco de preparo físico vai cansar mais. Vale muito completar a trilha e chegar no Salto Grande com seus 125m de queda. A trilha é muito fácil e segura (se você obedecer as normas é claro) onde tem subida íngreme eles fizeram escadas de pedras, existem algumas passarelas de madeira e algumas pontes pênsil (pinguela). O único ponto negativo desse passeio é que o banho não é permitido, apenas na sétima cachoeira e em dois pontos de chuveiros (com água dos rios). Esse passeio é imperdível para quem estiver pela região ou se for como nós que gostamos de ir atrás de cachoeiras.


Saindo da Rota das Cachoeiras seguimos para o município de Corupá. Nossa ideia era acampar e para isso levamos nosso equipamento, porém como o tempo estava chuvoso resolvemos novamente procurar um lugar para pernoitar. Rodarmos pela cidade e pesquisarmos na internet e resolvemos entrar em contato com uma pousada que a Débora já havia pesquisado antes de sairmos em viagem. Telefonamos e como tinha vaga fomos para a Pousada Eco Vila Ecológica (R$ 110,00 a pernoite com “café da manhã” - café, leite, Tang, apresuntada, queijo, manteiga e geleia – na capital catarinense da banana em plena safra e nenhuma banana no café). A pousada é bem rústica, tem uma boa piscina e deixa utilizar a cozinha à noite, até por que na cidade toda você só encontra lanches à noite e, para quem fica fazendo passeios durante o dia inteiro, uma comidinha quente na janta vai muito bem. Resumindo fizemos uma massa com molho e comemos no deck da pousada ao lado da piscina.




Acordamos, tomamos o café da manhã e mesmo abaixo de muita chuva seguimos para nosso segundo destino pré-definido em Corupá, o Parque Nacional do Braço Esquerdo – PNBE - https://www.parquebracoesquerdo.com.br/ onde tem a Cachoeira do Braço Esquerdo. Este era o local onde queríamos ter acampado. Chegamos no parque abaixo de chuva, pagamos a entrada de R$ 10,00 por pessoa, conversamos um pouco com o rapaz que nos atendeu e seguimos para as trilhas, muito curtas. Já no início descemos até o rio para fazer algumas fotos e depois seguimos para a Trilha da Cachoeira. Como chovia muito não foi possível tirar boas fotos. Depois de irmos até a base da cachoeira tinha ainda a Trilha do Vale Perdido e a Caverna da Fuga, porém eu e a Dé vimos que tinha uma “trilha” que aparentemente subia a cachoeira mas não era demarcada. Resolvemos subir por essa trilha (e continuava chovendo muito) e, depois de caminharmos uns 300 metros, estávamos caminhando ao lado de uma valeta de água da chuva quando a Dé começou a saltitar e bater os braços (nossa será que quer voar???) e de repente despencou ladeira abaixo até eu segurá-la e tentar entender o que havia acontecido, pois ela tinha se deparado com a Jezebel (segundo o rapaz que nos recebeu no parque é a Jararaca que fica por ali para pegar os sapinhos na valeta). Depois que a Débora parou de tremer resolvemos não fazer mais essa trilha e descemos até a sede do PNBE onde ficamos sabendo da Jezebel. Fomos então fazer a Trilha do Vale Perdido, ainda abaixo de muita chuva, e segundo nos falaram a trilha estaria um pouco (só que muito) detonada pelas chuvas. Mesmo assim fizemos a trilha, que é curta, e valeu muito, pois a trilha acompanha o rio lateralmente até um ponto onde o rio faz uma “quebrada” para a esquerda e some em uma fenda entre duas paredes de pedra. 
Voltamos, pegamos nossas lanternas e seguimos para a Caverna da Fuga. A entrada da caverna fica em baixo de uma gigantesca pedra com várias vias de escalada e consequentemente alguns escaladores, mesmo abaixo de chuva. Fomos até a entrada da caverna onde encontramos um casal saindo e dizendo que era algo muito difícil de se entrar pois tinha um local que você ficava com água no peito e só passava a cabeça e olha que o cara era alto, mas ele esqueceu de dizer que a água no peito é porque você tinha que caminhar agachado…
Resolvemos então voltar e pegar a GoPro e o chimarrão, afinal eu entraria e a Débora ficaria do lado de fora tomando chimarrão. Mas antes disso a Débora entrou comigo até o segundo salão, antes da passagem pela água, são alguns metros até a entrada da caverna e desligamos as lanternas e a escuridão era total, nem um reflexo de luminosidade aparecia (muito estranho). Sem falar nos rasantes dos morcegos.
Voltamos com a GoPro e o Chimas e eu me fui caverna adentro, só posso dizer que foi muiiiito show mesmo. Um pouco adiante do ponto onde a Débora foi você entra na água e passa em um buraco onde só fica a cabeça de fora (cerca de 5 – 6 metros) e sai em um salão onde tem uma cachoeira dentro da caverna, óbvio que o banho foi ótimo. Adiante da cachoeira a caverna avança mais uns 10 metros e termina, pelo menos foi o que enxerguei. Acho que se não fosse a quantidade de chuvas a cachoeira não seria tão bonita ali. A filmagem não ficou com uma definição muito boa devido a falta de luminosidade.


 Voltamos a sede, trocamos de roupa (banheiro muito limpo e descobrimos que para acampar ali não pode querer chuveiro quente) e fomos nos despedir do pessoal e foi aí que o cana nos disse que eles fazem parte do Grupamento de Resgate da região e que estavam em alerta laranja da Defesa Civil devido as fortes chuvas… e nós curtindo os passeios…

De Corupá sairíamos em direção a Iraí/RS (onde passaríamos o Final de Ano) e no caminho teríamos mais algumas cachoeiras para visitar, porém devido ao tempo resolvemos ir direto para Iraí.
Essa foi nossa viagem de final de ano, algumas cachoeiras, mar, gruta, caverna, rios, cobra e muita, mas muita diversão. Uma ótima maneira de encerrar 2017!
























segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Cascata da Toca das Andorinhas em Canela/Três Coroas - RS

Trajeto disponível no Wikiloc ( Xande Fabris)
Esta foi a primeira vez que conseguimos realmente chegar na Toca das Andorinhas. Isso depende muito do nível do rio, tem que estar baixo para conseguir transpor uma grande pedra, tanto para ir quanto para voltar pois o caminho é o mesmo.
Essa cascata fica no rio Paranhanas, o mesmo que passa pelos parques e campings em Três Coroas.
Pode-se estacionar na Usina da Canastra e já sair caminhando ou então 100m antes de chegar na Usina tem uma estrada à esquerda que pode ir de carro até mais adiante, aí depende de cada um, pois a descida para a trilha fica cerca de 1,6km a frente nesta estradinha.

ATENÇÃO: a entrada para a trilha fica em terras particulares e depende da autorização dos proprietários, se não quiser pedir autorização não vá por este caminho.
A Trilha é de nível moderado (o que também depende do nível do rio) é feita em vários trechos de mata fechada, onde se der sorte você encontra um pequeno trilho limpo para caminhar, e trechos por dentro e pela orla do rio, onde tem-se que ter muito cuidado com as pedras e buracos.
São 1,4km de trilha pela beira do rio e mata fechada até chegar em um ponto onde tem um poço para banho e ao fundo uma grande pedra com uma pequena queda d'água ao lado. Se for possível transpor esta pedra você vai chegar na Toca das Andorinhas, uma espécie de gruta com uma cachoeira ao fundo, é muito bonita.

A volta é pelo mesmo caminho e agora pode-se aproveitar mais os belos pontos de banho que o rio Paranhanas oferece.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Cascata Linha 5 de Novembro em Riozinho/RS - agora é mais fácil

Voltamos para fazer novamente a trilha até a base da cascata da Linha 5 de Novembro. A outra vez que fizemos demoramos muito, tanto para fazer a trilha quanto para chegar no rio de onde deixamos o carro.
Aqui é onde deixamos o carro
Agora achamos o ponto certo para deixar o carro e até a trilha pareceu mais fácil, pois levamos menos de uma hora para chegar na base da cascata.
Classificamos a trilha como moderada, pois continua tendo trechos de caminhada pela água e pelo mato.
Eu indo pelo mato

eu e o Rafa
a Dé e o Rafa


a Dé cuidando para não cair

pose para a foto


onde estão os Smurfs???

O novo trajeto e ponto para deixar o carro estão no wikiloc.
É uma cascata muito bonita e pouquíssimo visitada, vale a pena ir conhecê-la, sem falar que o poço para banho é ótimo.
Poço na base da cascata da Linha 5

Cascata da Linha 5








Nós ainda fomos no topo da cascata, não existe bem uma trilha, é pelo meio do mato mesmo.
Topo da Cascata da Linha 5 de Novembro

Topo da cascata